O termo “segurança psicológica” foi cunhado pelo psicólogo e psicoterapeuta Carl Rogers na década de 1950 no contexto de estabelecer as condições necessárias para promover a criatividade.
Segundo Rogers, a segurança psicológica está associada a três processos:
- Aceitar o indivíduo como tendo valor incondicional
- Proporcionar um clima em que a avaliação externa esteja ausente
- Compreensão empática
Hubert Bonner, professor de psicologia na Ohio Wesleyan University usou o termo no contexto das necessidades humanas de segurança. Além das necessidades fisiológicas e de segurança, um indivíduo precisa acreditar em algo para se sentir seguro, até mesmo apegando-se a essas crenças diante de evidências contrárias, porque elas fornecem “segurança psicológica”.
O interesse explícito na segurança psicológica foi renovado por Kahn na década de 1990, através de estudos qualitativos que mostraram que a segurança psicológica permite que as pessoas “possam se expressar fisicamente, cognitivamente e emocionalmente” sem medo ou qualquer forma de julgamento ou coação.
A segurança psicológica é uma propriedade emergente de um grupo, onde as pessoas desse grupo podem prever com segurança como os outros reagirão quando apresentados a ideias, perguntas, preocupações ou erros. A segurança psicológica não envolve simplesmente uma alta confiança em uma equipe. A principal diferença entre segurança psicológica e confiança é que a segurança psicológica consiste em crenças relativas às normas do grupo – o que significa ser membro desse grupo – enquanto a confiança se concentra nas crenças que uma pessoa tem sobre outra.
A segurança psicológica é definida pela forma como os membros do grupo acreditam que são vistos pelos outros membros do grupo, enquanto a confiança diz respeito à forma como uma pessoa vê a outra.
Existem muitos benefícios da segurança psicológica, incluindo:
- Menos erros e incidentes
- Menor impacto de erros e incidentes
- Mais ideias
- Mais liberdade para explorar e melhorar ideias
- Entrega mais rápida e tempo de lançamento no mercado
- Redução do esgotamento
- Maior inclusão e diversidade
- Maior capacidade dos indivíduos aprenderem com os erros
- Maior compartilhamento de aprendizagem entre os membros do grupo
- Melhor capacidade de realizar experimentos e arriscar “falhas inteligentes”
- Menos problemas de segurança, proteção e não conformidade
- Menor rotatividade de funcionários
- Reputação melhorada
- Maior capacidade de atrair e recrutar as melhores pessoas
- Maior resiliência de pessoas e equipes
É claro que deve haver consequências para violações intencionais, e devemos responsabilizar a nós mesmos e aos outros por altos padrões de profissionalismo, faltas éticas e de condutas.
Os quatro estágios da segurança psicológica:
Timothy R Clarke, em seu livro “The Four Stages Of Psychological Safety” descreveu um modelo de quatro “estágios” de segurança psicológica pelos quais as equipes podem passar.
1.Segurança de inclusão
Os membros se sentem seguros em pertencer à equipe.
2.Segurança de Aprendizagem
Os membros podem aprender fazendo perguntas.
3.Segurança do Colaborador
Os membros se sentem seguros para contribuir com suas próprias ideias.
4.Segurança do Desafiador
Os membros podem questionar as ideias dos outros ou sugerir mudanças significativas.
Fontes:
https://www.ccl.org/articles/leading-effectively-articles/what-is-psychological-safety-at-work/
Marina da Silveira Rodrigues Almeida – CRP 06/41029
Psicóloga Clínica, Escolar e Neuropsicóloga, Especialista em pessoas adultas Autistas (TEA), TDAH, Neurotípicos e Neurodiversos.
Licenciada pelo E-psi do Conselho Federal de Psicologia para atendimentos on-line.
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