Este artigo analisa os efeitos das redes sociais na vida de adultos neurodivergentes, discutindo seus potenciais como espaço de expressão e acolhimento, bem como os riscos de sobrecarga emocional, dependência e conflitos psíquicos.
A partir de uma abordagem clínica e psicodinâmica, são propostas estratégias terapêuticas para o uso consciente dessas plataformas.
Introdução
As redes sociais tornaram-se parte integrante da vida moderna, influenciando a forma como nos comunicamos, trabalhamos e nos relacionamos.
Para adultos neurodivergentes, especialmente autistas e pessoas com TDAH — essas plataformas podem representar tanto um espaço de acolhimento quanto um ambiente de vulnerabilidade emocional.
A dualidade entre pertencimento e exposição exige uma análise clínica cuidadosa, que considere os impactos subjetivos do uso dessas tecnologias.
Potenciais das Redes Sociais para Neurodivergentes
As redes sociais podem ser ferramentas poderosas de expressão e construção identitária:
- Amplificação de vozes: Pessoas neurodivergentes compartilham suas experiências, promovendo conscientização e desmistificação de estereótipos.
- Comunidades de apoio: Grupos online oferecem suporte emocional, troca de estratégias e acolhimento.
- Autoconhecimento: Muitos adultos identificam seus traços neurodivergentes por meio de conteúdos compartilhados, especialmente durante a pandemia.
Riscos e Conflitos Psíquicos
O uso excessivo ou inadequado das redes sociais pode gerar efeitos adversos:
- Sobrecarga sensorial e emocional: A exposição constante a estímulos visuais e notificações pode desregular o sistema nervoso, especialmente em autistas com hipersensibilidade.
- Comparações sociais: A busca por validação digital intensifica sentimentos de inadequação e baixa autoestima.
- Desconexão emocional: A construção de uma identidade idealizada pode provocar distanciamento das necessidades reais e gerar sofrimento psíquico.
Estratégias Terapêuticas
A clínica deve oferecer suporte para que o sujeito construa uma relação saudável com o mundo digital:
- Psicoeducação digital: Ensinar o uso consciente das redes, com foco em limites e escolhas saudáveis.
- Psicanálise psicodinâmica: Explorar os significados inconscientes da exposição, da validação e da identidade online.
- Grupos terapêuticos virtuais: Espaços mediados por profissionais que promovem escuta, troca e elaboração simbólica.
Considerações Finais
As redes sociais são ferramentas ambivalentes: podem nutrir o senso de pertencimento ou intensificar o sofrimento psíquico. Para adultos neurodivergentes, o uso consciente e acompanhado clinicamente é essencial.
O papel do terapeuta ou psicanalista é ajudar o sujeito a construir uma relação ética e saudável com o mundo digital, respeitando sua singularidade.
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Referências
[4] OLIVEIRA, C. R. M. et al. Impacto do uso de redes sociais na saúde mental de adultos e adolescentes: uma revisão bibliográfica. Psychiatry Online Brazil, 2024. Disponível em: POLBR. Acesso em: 11 out. 2025.
[5] PSICANÁLISE CLÍNICA. Redes sociais e saúde mental: impactos e reflexões. Psicanálise Clínica, 2025. Disponível em: Psicanálise Clínica. Acesso em: 11 out. 2025.
Marina da Silveira Rodrigues Almeida – CRP 06/41029
Psicóloga Clínica, Escolar e Neuropsicóloga, Especialista em pessoas adultas Autistas (TEA), TDAH, Neurotípicos e Neurodiversos.
Psicanalista Psicodinâmica e Terapeuta Cognitiva Comportamental
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