A psicanálise começou com o trabalho de Sigmund Freud, mas evoluiu e mudou ao longo dos anos para incorporar as contribuições e os trabalhos de muitos outros teóricos como Lacan, André Green, Thomas Ogden, Stefano Bolognini, Anna Alvarez, Antonino Ferro, Joyce McDougall, dentre outros.
Talvez hoje tenhamos que nos apoiar em vários modelos de psicanálise que se constituíram a partir de considerações diferentes e que resultaram em estruturas diferentes ao longo dos anos. Essa é a tarefa sob a qual devemos nos debruçar atualmente.
O tripé da psicanálise se mantem imprescindível para o exercício de um profissional psicanalista: estudando novos teóricos e revisitando teorias, fazendo supervisão e se submeter a análise pessoal.
Acredito que todos os autores que representaram para mim um enriquecimento indiscutível ao longo dos anos de estudos e formação: Freud, Klein, Lacan, Bion, Ferenczi e Winnicott, não conseguiram renunciar ao modelo único, genérico.
O modelo único é uma abstração, mas pensar vários modelos e pensar a interação entre os novos modelos teóricos psicanalíticos é uma tarefa que complica muito o pensamento dos psicanalistas, porque há necessidade da compreensão em perspectivas diferentes sem cair numa armadilha de generalização eclética e superficial.
No nosso mundo complexo, uma forma contemporânea de psicanálise é um tratamento para o desconforto ou a dor emocional, uma visão em perspectiva, um caminho para a autodescoberta, o crescimento pessoal, um meio para estabelecer e melhorar relacionamentos com os outros e com o mundo em geral.
A psicanálise contemporânea é uma experiência interpessoal que enfatiza a pulsão para a vida, capacidade elaborativa, crítica da realidade com ponderação, dando sentido à vida de maneira que sejam significativas para o analisando.
Ao contrário da psicanálise tradicional, que considera o analista uma autoridade no que diz respeito ao que é verdadeiro sobre o analisando, as perspectivas contemporâneas enfatizam o significado das experiências únicas e subjetivas do analisando.
Com base em estudos psicanalíticos atuais, além de pesquisas em desenvolvimento infantil, memória, neurobiologia e cultura, a psicanálise contemporânea é um método avançado para dar sentido a nós mesmos e ao mundo que nos rodeia.
A psicanálise fornece uma compreensão abrangente da vida de um indivíduo, partindo dos aspectos do inconsciente estruturado como linguagem. A linguagem está também associada ao contexto específico do sujeito analisado, da cultura, do simbólico, das suas representações subjetivas, dos sonhos e história de vida.
Quando recebo analisandos, falo e escuto o que dizem, reconstruímos juntos novos sentidos, analisamos formações de sonhos, os sintomas, as angústias, os lapsos que sempre são formações expressas e estruturadas como uma linguagem.
Nas abordagens psicanalíticas contemporâneas, o analista está sempre participando da situação terapêutica e, por isso, trabalha para compreender os padrões de relacionamento transferencial entre analisando e analista.
Existem muitas outras psicoterapias e elas variam amplamente em seus propósitos, frequência de sessões e abrangência. Algumas abordagens concentram-se na mudança de comportamentos, outras em padrões de pensamento, outras na resolução de problemas e outras ainda na expressão de emoções.
A psicanálise contemporânea incorpora potencialmente muitas ideias e abordagens diversas, dependendo das necessidades únicas e pessoais do analisando, mas seu método de intervenção é decifrar o inconsciente através da escuta e cura pela palavra.
Um analista formado em psicanálise contemporânea concentra-se não apenas nas experiências passadas, mas também no aqui e agora das experiências e relacionamentos de um indivíduo. Apegos, separações e perdas que começam na infância influenciam a personalidade de uma pessoa, assim como os contextos atuais de vida, trabalho e amor.
Um psicanalista contemporâneo está interessado em explorar mutuamente suas experiências e relacionamentos passados e presentes.
O papel do psicanalista tem uma relação interativa, participa de um diálogo com você para desenvolver novas perspectivas de entendimentos e responsabilidade com sua vida.
Marina da Silveira Rodrigues Almeida – CRP 06/41029
Psicóloga Clínica, Escolar e Neuropsicóloga, Especialista em pessoas adultas Autistas (TEA), TDAH, Neurotípicos e Neurodiversos.
Licenciada pelo E-psi do Conselho Federal de Psicologia para atendimentos on-line.
Entre em contato comigo somente por WhatsApp (+55) 13 991773793 que minha secretaria enviará as informações que precisar sobre Psicoterapia on-line, Mentoria, Palestras e Consultoria.
Instagram:
@institutoinclusaobrasil
@psicologamarinaalmeida
@autismoemadultos_br