CONFLITOS, ANSIEDADE E DEPRESSÃO

Existem obstáculos que, frequentemente, interferem na resolução dos conflitos, como o fracasso em resolução dos conflitos, como o fracasso em reconhecer-lhes as forças básicas subjacentes que, quase sempre, são inconscientes, e a própria tensão, irritabilidade, nervosismo, agressividade e protesto que costumam acompanhá-los. Em situações de conflito ou frustração, o indivíduo tende a presentar ansiedade e ou depressão.

À medida que a criança se desenvolve, encontra frustrações e ameaças que tendem a produzir agressão, ansiedade e tensão. Os conflitos entre as forças positivas (o que é agradável, que dá prazer) e as forças negativas (que é desagradável, que é desprazeroso), elevam o nível de tensão e causam alterações fisiológicas difusas, assim como interferência com os processos psicológicos.

A intensidade da tensão é em grande parte, função das intensidades das forças positivas e negativas. Pode-se descarregar temporariamente a tensão psicológica mediante catarse, mas esta não resolve o conflito.

Os conflitos podem ser aliviados mediante as defesas do ego. As soluções a médio e a longo prazo, entretanto, dependem de se encontrar formas socialmente aceitáveis, evitando as valências negativas ou substituindo a valência positiva por outra menos ativadora de ansiedade.

A ansiedade é bastante semelhante ao medo e desencadeia as mesmas sensações físicas, como tremores, taquicardia, transpiração, palidez, desmaios, vertigens etc. Há, porém, uma diferença entre ambos. O medo é a reação diante do perigo real, objetivo, enquanto a ansiedade é sensação difusa diante de perigo imaginário ou oculto e subjetivo.

A característica principal da ansiedade é a impressão de que algo terrível e indefinido ameaça a pessoa, algo contra o qual se sente impotente. Suas causas residem, prioritariamente, nos impulsos hostis reprimidos e em quaisquer outros impulsos, desde que imperiosos e veementes, cuja satisfação signifique uma violação de outros interesses ou necessidades vitais.

A ansiedade crônica ou prolongada é extremamente prejudicial ao organismo, provocando reações psicossomáticas que podem ser bastante significativas.

De modo geral, a ansiedade desencadeia na pessoa um nível de tensão que pode resultar em duas reações diferentes: depressão ou excitação, ou ambas alternadas. Há sintomas particular somatizados; o corpo apresenta rigidez muscular, manifestada por movimentos secos e gesticulação sem fluidez; a respiração torna-se retida, tensa e superficial. Por estas razões uma pessoa que tem um quadro de ansiedade ou ataques de pânico, hiperventila, tem taquicardia com a sensação ilusória de morte eminente. Nestes casos se predomina o sistema nervoso simpático, aparecem falta de apetite, digestão lenta, prisão de ventre; se for predomínio do sistema parassimpático, surgem apetite voraz, rapidez digestiva e na sequência a compulsão alimentar. No primeiro caso, tendencia a agitação, descontrole da imaginação, insônia; no segundo caso, apatia e sono exagerado. Em ambos os casos estão presentes as sensações de fadiga e esgotamento.

A tensão excessiva pode, também, fazer com que a pessoa apresente um mal-estar difuso, causando temor, instabilidade afetiva, susceptibilidade de concentração, pouco rendimento intelectual. A pessoa se torna desanimada, procrastinadora, ou se compensa no ativismo, apresentado instabilidade no comportamento e no humor ora deprimido ora ansioso.

Qualquer destas manifestações e somatizações, portanto, indica que a pessoa está vivendo sob estado de tensão e, quando esta é extremamente dolorosa, pode fazer com que a pessoa procure meios de reduzi-la ou eliminá-la, sem atender a qualquer resultado de inadequação.

O conflito, a frustração e um certo grau de ansiedade fazem parte da dinâmica da vida. Entretanto, quando passam a ser uma constante e o indivíduo, se colocada num círculo vicioso, que não leva a caminho algum, mas apenas aumenta se sofrimento, instala-se a neurose.

Neurose é um termo usado principalmente hoje por seguidores da Psicanálise para descrever transtornos mentais causados por ansiedade passada, frequentemente reprimida. Na história recente, o termo tem sido usado para se referir a condições relacionadas à ansiedade de forma mais geral. As estruturas mentais adoecidas são consideradas pela psicanálise como: neurose, psicose e perversão, que foram reatualizadas e ampliadas posteriormente por Lacan.

O termo “neurose” não é mais usado em nomes ou categorias de condições pela Classificação Internacional de Doenças – CID ou pela Associação Psiquiátrica Americana e Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM.

Nos conflitos neuróticos, as tendencias contraditórias em ação não são reconhecidas, mas profundamente reprimidas; os fatores emocionais são racionalizados e as tendencias em ambos os sentidos são compulsivas, fortes, irresistíveis. Sendo os conflitos inconscientemente, as tendencias opostas reprimidas e as emoções sempre racionalizadas, tornam-se então extremamente difícil, quase impossível, a pessoa resolvê-la sem ajuda psicoterapêutica.

Conflitos não resolvidos tem consequências profundas e amplas, que impregnam toda a personalidade, aumentando o processo neurótico.

A pessoa apresenta medos generalizados: de enlouquecer, de ser desmascarado, do ridículo, da desconsideração, da humilhação, de qualquer situação de mudança. Desperdiça muita energia, estagnando-se ne ineficácia e na incapacidade de assumir uma atitude definida. Apresenta depressão crônica passando a preocupar-se com o futuro, a morte, ideias suicidas e mostra desencorajamento, desalento e conformismo. Algumas vezes, revela tendencias sádicas, como a punição moral e psíquica de alguém, manejamento das emoções alheias, exploração e humilhações de outras pessoas. Tendencia para depreciar (gosto de focalizar os defeitos e criticar os outros), inveja e sentimento de vingança, sadismo, submissão masoquista a relações tóxicas, abusivas, sádicas, perversão e auto masoquismo (vitimização de si mesmo, com críticas morais, desprezo por si mesmo, desmerecimento) mantendo-se num sofrimento psíquico permanente.

A neurose é um dos transtornos mentais mais estudados pela psicanálise. Basicamente, o tratamento para quadros de transtorno neurótico é por meio da análise pessoal. O acompanhamento com um bom analista vai permitir que a pessoa neurótica possa lidar melhor com os traços da sua personalidade e as adversidades do cotidiano.

Em alguns quadros que apresentam maior gravidade no que diz respeito aos sintomas, apenas a análise pessoal não é suficiente. Se for um quadro agravante que apresente transtornos severos, tais como o depressivo, síndrome do pânico, será necessário que o paciente busque o tratamento em conjunto com um médico psiquiatra, que é o profissional apto para prescrever a medicação e para emitir qualquer diagnóstico.

Fontes:

Ferraz, F. (1996). Das neuroses atuais à psicossomática. Percurso, 16 (1), 35-42.

Figueiredo, L. C. (2003). Elementos para uma clínica contemporânea Escuta: São Paulo.

Freud, S. (1905). Meus pontos de vista sobre o papel da sexualidade na etiologia das neuroses. Obras psicológicas completas de Sigmund Freud, vol. VII Imago: Rio de Janeiro, 1999.

A Psicóloga e Neuropsicóloga Marina da Silveira Rodrigues Almeida é especialista em Transtorno do Espectro Autista em homens e mulheres.

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